Rivais zombaram ou duvidaram de Vitor Roque desde a sua contratação. Inventaram apelidos, disseram que o clube havia contratado um bagre, entre outras coisas. O primeiro gol demorou de fato a sair e o jogador acabou marcado mais pelo pênalti cavado na semifinal do Paulista do que por bolas na rede.
Neste domingo, ele pode ter começado a virar este jogo. O gol nos minutos finais de um duríssimo clássico contra o São Paulo em Barueri foi construído na base da insistência. Ele não desistiu de uma jogada, na força foi levando e conseguiu fazer o gol no rebote depois de uma defesaça do goleiro Rafael. Vitória que manteve a invencibilidade do Palmeiras sobre o rival e manteve o time na liderança do Brasileiro.
Vitor Roque saiu do banco para dar a vitória no Choque-Rei. Este é um ponto interessante do clássico: a diferença hoje entre Palmeiras e São Paulo é medida pelas substituições. Vitor Roque, Maurício, Rafael Veiga… o time de Abel Ferreira vai mudando ao longo da partida e mesmo assim não perde a pressão alucinante que consegue imprimir em qualquer rival.
Do lado do São Paulo, parte da torcida se apavora com a aproximação da zona de rebaixamento e acha que Zubeldía tem de ser demitido, uma outra acha “inadmissível” o grande São Paulo passar a maior parte do tempo se defendendo e uma terceira entende que a diferença entre os times é imensa e que o treinador tem feito o possível.
Parece estranho, mas o São Paulo ficou longe de fazer um jogo ruim no clássico. Defensivamente fez uma partida quase perfeita, maculada pelo gol e ainda perdeu duas chances cara a cara para sair na frente no placar.
Estamos falando de um time que vai brigar pelo Brasileiro e por quase tudo o que disputar no ano. Investiu para isso. E de outro time que, para contratar um jogador tecnicamente bom, mas veterano (Oscar), teve de abrir mão de vários outros atletas. Estes são Palmeiras e São Paulo hoje.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.






