A rodada final do Brasileirão traz reflexões importantes, algumas óbvias, outras nem tanto.
A parte de cima da tabela é absolutamente cristalina: os dois clubes mais bem estruturados e ricos do futebol brasileiro terminaram na primeira e segunda colocações, com distância relevante do terceiro colocado para baixo. O Flamengo campeão colocou nove pontos à frente do terceiro colocado Cruzeiro. O Palmeiras, seis. Nada mal para quem decidiu desistir do campeonato antes da rodada final.
O vice-campeão fez pontuação de campeão, mas, como bem ressaltou Abel Ferreira, alguém conseguiu fazer ainda melhor, no caso o Flamengo, que deverá dominar o futebol brasileiros nos próximos anos ao lado do próprio Palmeiras, dado que nenhum outro adversário dá sinais de melhora.
A parte de baixo da tabela também reflete o óbvio de certa forma: Juventude e Sport, dois dos orçamentos mais baixos do campeonato, terminaram nas duas últimas colocações.
Agora, o que não foi tão óbvio. A história mais incrível deste campeonato foi escrita pelo Mirassol, que no seu primeiro ano na Série A fez campanha impecável e terminou classificado de forma direta para a Libertadores. Deixando para trás gigantes que gastaram muito mais dinheiro na formação de seus elencos, caso do Santos de Neymar, por exemplo.
O que nos leva a crer que é raro, mas acontece: mesmo com menos dinheiro é possível fazer futebol de alto nível desde que se faça tudo muito certo como foi o caso do time do interior de São Paulo.
Do outro lado dessa história está o Internacional. Gastou muito dinheiro, antecipou valores, montou elenco caro e só na última rodada conseguiu dramaticamente escapar da zona do rebaixamento. Nesta segunda-feira, a sensação de alívio do Colorado supera qualquer coisa. Mas como serão os próximos anos?
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.






