A Seleção Brasileira feminina de rugby sevens iniciou o ano de 2025 em grande estilo. As Yaras conquistaram seu melhor resultado na temporada do Circuito Mundial (SVNS), em Perth, na Austrália, ao derrotarem a China por 21 a 19, neste domingo, 26, na disputa pelo sétimo lugar. Com isso, a equipe comandada pela neozelandesa Crystal Kaua subiu uma posição na classificação geral, assumindo a nona posição e ficando a apenas três pontos da Irlanda, última seleção que hoje seguiria na briga pelo título da competição e garantiria a permanência direta na elite do rugby mundial.
“A China tem um time excelente, que chegou à elite do Circuito Mundial este ano e já vem dando trabalho para muitas seleções. Então, ter uma atuação como essa é sensacional. Terminar em sétimo lugar na etapa representa muito para nós, porque significa que o trabalho que vem sendo realizado no Brasil está dando resultado e esperamos continuar crescendo nas próximas etapas”, disse Mariana Nicolau, que assumiu a braçadeira de capitã pela primeira vez na carreira com a ausência de Bianca Silva.
“É muito fácil liderar essa equipe, e a única coisa que pedi ao time no início do torneio foi ter orgulho em cada ação realizada no campo. Quando pisassem no gramado, era para ter raça a todo momento e foi isso o que demonstramos”, acrescentou.
Após se classificar para as quartas de final pela primeira vez em três etapas, com a vitória sobre a Irlanda no sábado, 25, as Yaras encararam o Canadá e acabaram derrotadas por 27 a 5. Assim, o Brasil voltou a campo na manhã deste domingo para encarar a China. E, apesar de ter liderado o placar na maior parte do jogo, a seleção feminina levou a virada na segunda etapa e só conseguiu assegurar a vitória no minuto final, em try anotado por Thalia Costa, seguido por conversão de Raquel Kochhann.
Thalia Costa supera marca centenária
A etapa de Perth também foi especial para Thalia Costa, que se tornou a primeira jogadora sul-americana na história do Circuito Mundial – e a 18ª do mundo – a alcançar 100 tries. A maranhense de 27 anos somava 98 antes do início do torneio e superou a marca centenária logo na segunda partida, contra o Japão.
“Estou muito feliz, porque esta marca de 100 tries foi sonhada não só por mim, mas por toda a equipe, e as meninas me ajudaram a fazer isso acontecer. Isso é consequência do trabalho de todas dentro de campo, e cabe a mim apenas finalizar as jogadas”, disse a maranhense de 27 anos.
Thalia anotou ao menos um try em todas as partidas das Yaras na competição: Nova Zelândia (1), Japão (2), Irlanda (2), Canadá (1) e China (3), atingindo assim os 107 tries na carreira. A camisa 5 das Yaras lidera a estatística com folga na Seleção Brasileira. Bianca Silva aparece em segundo, com 61, enquanto Gabriela Lima é a terceira, com 38.
A quarta etapa do Circuito Mundial – de um total de sete – acontece em Vancouver, no Canadá, entre os dias 21 e 23 de fevereiro.