Ana Marcela Cunha ficou muito perto de conquistar seu segundo pódio consecutivo em Jogos Olímpicos. Campeã em Tóquio-2020, a brasileira desta vez terminou em quarto lugar nos 10 km da maratona aquática em Paris-2024.
A baiana de 32 anos terminou a prova no Rio Sena com o tempo de 2h04min15s. A vencedora foi a holandesa Sheron van Rouwendaal, atual campeã mundial, que registrou a marca de 2h03mins34. Moesha Johnson, da Australia, foi prata, enquanto Ginevra Taddeucci, da Itália, levou o bronze.
“Eu acho que um quarto lugar é um abismo muito grande entre ter uma medalha. Em 2008, quando fui quinta não doeu tanto quanto agora. Mas acho que passei por uma cirurgia faz um ano. Simplesmente cheguei a ligar para minha família e psicóloga e disse que queria parar de nadar. É lógico que a gente queria muito uma medalha, mas tenho que ter muito orgulho do que eu fiz. Por mais que seja bem doloroso o quarto lugar, tenho que manter a cabeça erguida e olhar para frente. Não prometo os Jogos de Los Angeles, mas tem a Copa do Mundo. É virar uma página e ver como vai ser”, disse Ana Marcela.
Quem também representou o Brasil na prova foi Viviane Jungblut, que terminou na 11ª colocação, com o tempo de 2h06min15s.
Ana Marcela Cunha fez uma prova consistente. Desde a primeira volta se manteve no pelotão principal, sem deixar as líderes abrirem muita distância.
A brasileira chegou a ocupar a terceira posição em alguns momentos, mas alternou entre quarto e sétimo lugares na maior parte do tempo. Viviane Jungblut também chegou a figurar entre as primeiras, mas foi perdendo energia com o passar das voltas.
“Faltou um pouquinho para aguentar um pouco mais o pelotão. Eu sabia que isso ia ser o grande diferencial. Faltou uma meia volta e as meninas acabaram abrindo. Ali foi quando pesou realmente. Eu realmente fiz bastante força no começo para tentar me manter nas primeiras posições. A gente queria mais, porém eu tenho noção de que entreguei o meu 100%. A prova foi bem diferente do que a gente estava habituada”, afirmou Viviane.
Entretanto, quando chegou na última das seis voltas, Ana Marcela estava cerca de 30 segundos atrás do trio que liderava a prova. E aí ela não conseguiu colocar um ritmo para tirar essa diferença.
Ela ainda tentou acelerar para buscar a medalha, sobretudo quando nadava a favor da correnteza do Rio Sena, tirou seis segundos de diferença, mas não foi o suficiente para encostar.
*Com Comitê Olímpico do Brasil