A McLaren encerrou a temporada 2025 da Fórmula 1 no topo, mas o debate sobre a forma como a equipe administra seus pilotos segue vivo. Mesmo diante de críticas à política interna conhecida como “papaya rules”, o CEO Zak Brown deixou claro que a escuderia de Woking não pretende rever seu princípio de igualdade entre Lando Norris e Oscar Piastri para 2026.
O time britânico conquistou o Mundial de Construtores pelo segundo ano consecutivo e celebrou ainda um feito histórico: Norris superou Max Verstappen e garantiu o título mundial de pilotos, encerrando um jejum que durava desde 2008. A conquista individual, porém, foi decidida apenas na última prova, com Norris terminando a temporada dois pontos à frente do rival da Red Bull. Curiosamente, foi Piastri quem liderou o campeonato por mais tempo ao longo do ano.
“Estamos definitivamente comprometidos em dar a ambos os pilotos oportunidades iguais para vencer o Campeonato Mundial. Mesmo quando você vence, na segunda-feira, você conversa sobre o que poderia ter feito de forma diferente ou melhor”, afirmou Brown. “Estamos em constante evolução como equipe de corrida. Mas o princípio fundamental de ter dois pilotos que ofereçam oportunidades iguais de vitória não mudará.”
Mesmo reconhecendo falhas ao longo do campeonato, Brown reforçou que a perfeição é inalcançável no esporte e destacou que o processo de análise interna é rigoroso até mesmo após grandes desempenhos.
“Será que, olhando para trás, tiramos muitos aprendizados?”, afirmou. “Lembro-me de quando terminamos em primeiro e segundo lugar na Espanha, nossa reunião de avaliação na segunda-feira foi sobre oito coisas que quase demos certo e que poderíamos ter feito melhor”.
“É claro que, quando cometemos erros, desejamos não tê-los cometido, mas isso simplesmente não é realista. Ainda não vi nenhuma pessoa ou equipe em nenhum esporte ter uma temporada perfeita. Então, não somos diferentes nesse aspecto. Mas, fundamentalmente, a maneira como competimos não vai mudar”, finalizou.






