Atuais campeãs olímpicas, Duda e Ana Patrícia vinham com uma campanha consistente no Mundial de Vôlei de Praia, em Adelaide, na Austrália, até as oitavas de final, quando não chegaram a entrar em quadra e desistiram da competição. A justificativa alegada pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) na ocasião foi lesão. Encerrado o torneio, Duda usou as redes sociais para revelar o real motivo para não prosseguir na disputa: ansiedade. Ela afirmou que vem sofrendo com crises há cerca de um ano e agora vai priorizar o cuidado com sua saúde mental nos próximos meses.
“Há cerca de um ano, venho apresentando sinais de que algo não estava bem. Foram várias crises de ansiedade em alguns jogos da temporada. A última, e mais forte, foi justamente na partida contra a dupla de Porto Rico, na chave que levava para as para as oitavas de final do campeonato”, escreveu a atleta de Aracaju.
“Vencemos o duelo, mas ali ficou claro que eu precisava respeitar os meus limites. Era a minha saúde em jogo. Do outro lado, a minha parceira já vem há algum tempo lutando com um desconforto no posterior da coxa, e também foi constantemente avaliada, conforme avançávamos na competição”, explicou Duda.
O último duelo de Duda e Ana Patrícia no Mundial foi a vitória sobre as porto-riquenhas Maria Gonzalez e Allanis Navas, que garantiu a vaga às oitavas de final. No entanto, antes da partida contra as norte-americanas Julia Donlin e Lexy Denaburg, a CBV emitiu um comunicado informando a desistência da dupla brasileira por lesão.
“Foi então que, em comum acordo com a comissão técnica e médica e direção técnica da CBV, após algumas avaliações prévias, optamos por não seguir. Uma decisão muito difícil, pois o atleta de alto rendimento quer competir. Mas, naquele momento, era preciso pausar”, continuou ela.
“Nos próximos meses, vou priorizar minha saúde mental, essencial para minha performance no esporte e na vida. Seguimos juntos. E voltarei mais forte”, finalizou Duda.
Ao lado de Ana Patrícia, Duda conquistou os títulos mais expressivos de sua carreira, como o ouro nos Jogos de Paris-2024, além do Campeonato Mundial de Roma, em 2022.






