As declarações de Lewis Hamilton durante o fim de semana do GP da Hungria continuam gerando repercussão dentro e fora do paddock da Fórmula 1. Insatisfeito com seu desempenho na classificação, quando foi eliminado ainda no Q2 e largou apenas em 12º, o britânico não economizou nas palavras e chegou a se chamar de “completamente inútil”, além de sugerir que a Ferrari trocasse de piloto. Ele ainda reafirmou o discurso pessimista após mais um desempenho discreto na corrida.
Frédéric Vasseur, Charles Leclerc e até Toto Wolff, ex-chefe de Hamilton na Mercedes, tentaram minimizar a postura do britânico. No entanto, para o ex-piloto Jean Alesi, que defendeu a Ferrari entre 1991 e 1995, as palavras do heptacampeão mundial foram inaceitáveis.
“A atitude de Hamilton desmotiva quem trabalha ao redor dele”, escreveu Alesi em sua coluna no jornal italiano Corriere della Sera. O francês foi além, comparando o comportamento do piloto com o de ícones do automobilismo. “[Ayrton] Senna ou [Michael] Schumacher jamais teriam dito coisas desse tipo”, afirmou.
E as críticas de Alesi não se limitaram a Hamilton. O ex-piloto também apontou o fraco desempenho de Charles Leclerc no stint final da corrida como outro ponto de preocupação. O pole position havia se colocado entre os favoritos à vitória após um forte desempenho nos treinos, mas perdeu ritmo e posições para a dupla da McLaren, Lando Norris e Oscar Piastri, e George Russell, da Mercedes, nas voltas finais. Especula-se que o problema esteja relacionado ao desgaste da prancha do assoalho do carro número 16, observação feita pelo próprio Russell, que duelava diretamente com Leclerc pela terceira posição no pódio.
“Parecia uma comédia italiana, virou um filme de terror. O motivo foi revelado por Russell após observar o carro de Leclerc na pista. Uma Ferrari que vai bem no sábado e depois no domingo não entrega é o que mais enfurece quem ama a equipe”, concluiu Alesi.






