Maior vencedor do GP da Hungria de Fórmula 1 com oito triunfos, Lewis Hamilton viveu um verdadeiro pesadelo no circuito de Hungaroring neste sábado, 2, após não conseguir sequer avançar ao Q3 da classificação. Para piorar a situação, o heptacampeão ainda viu seu companheiro de Ferrari, Charles Leclerc, desbancar a dominante McLaren e conquistar a pole para a corrida deste domingo, 3, em Budapeste.
Visivelmente abatido, Hamilton foi mais cruel consigo mesmo do que muitos de seus mais ferrenhos críticos. Em entrevista ao canal britânico Sky Sport, o piloto não fez questão alguma de esconder a decepção com o fato de ainda não estar conseguindo bons resultados com a equipe italiana.
“Sou sempre eu, toda vez”, começou ele. “Sou um inútil, completamente inútil. Não há problemas com a equipe, vocês viram quem está na pole”, emendou o piloto, referindo-se a Leclerc.
Questionado sobre se havia alguma solução, Hamilton surpreendeu com um comentário chocante: “Talvez seja preciso trocar de piloto”, limitou-se a dizer.
Enquanto Leclerc já foi ao pódio cinco vezes em 13 etapas, Hamilton vem sofrendo para se adaptar ao SF-25. E embora tenha demonstrado em algumas ocasiões o brilho que o levou a conquistar sete títulos mundiais – como na vitória na sprint race na China ou o ótimo desempenho na Bélgica, quando escalou várias posições para terminar em sétimo –, a dificuldade que tem enfrentado está sendo muito maior do que até mesmo ele poderia imaginar.
Em conversa com Mariana Becker, repórter de F1 do Grupo Bandeirantes, o britânico amenizou um pouco o tom, mas não conseguiu disfarçar a frustração com seu desempenho desde que chegou ao time de Maranello, no início do ano.
“É difícil até encontrar as perguntas certas agora, porque acho que nem eu tenho as respostas. Não tenho nada a dizer. Só tenho coisas negativas a falar. De novo, só tenho coisas negativas a dizer. Não tenho nada positivo que possa contribuir”, finalizou.






